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Por mais que a pandemia da Covid-19 tenha impactado de maneira avassaladora os âmbitos da saúde, da economia e do comportamento humano, entre outras áreas, é impossível negar que ela teve um papel catalisador para o uso e desenvolvimento de tecnologias.

 

Empresas, e sociedade como um todo, precisaram superar os obstáculos para a transformação digital e, assim, evoluíram 10 anos em 1. Computação em nuvem, inteligência artificial, velocidade da rede 5G e big data tiveram um salto bastante expressivo nos últimos meses.

 

O fato é que toda essa mudança acelerou a adoção das tecnologias da 4ª Revolução Industrial, a chamada Indústria 4.0. Organizações foram desafiadas a se adaptar à nova realidade de recomendação de isolamento social e a tecnologia da Indústria 4.0, que hoje já faz parte do nosso cotidiano. Esta agora dá sinais de como vai impactar o mundo “pós-pandêmico”.

 

Recentemente, a Deloitte divulgou um documentário (Indústria 4.0, antes e depois da crise) em que entrevista especialistas do Brasil e do mundo e dá alguns direcionamentos sobre para onde estamos caminhando. A seguir abordamos alguns desses insights.

 

Inteligência Artificial e Saúde

 

Nos últimos meses, pudemos acompanhar de perto como a Covid-19 acelerou a transformação digital e a adoção de tecnologia da Indústria 4.0. Como já era de se esperar, as autoridades de saúde foram uma das que mais se beneficiaram do uso de inteligência artificial. Através de big data e analytics para entender a pandemia. Com dados mapeados e interpretados, tornou-se possível rastrear e acompanhar o número de casos e de infeções. O que permitiu, por exemplo, modelar a curva de disseminação em várias cidades, regiões e países.

 

Em 2020, o Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas de São Paulo e o Núcleo de Inovação do Hospital das Clínicas (InovaHC ) lideraram um projeto para diagnóstico da Covid-19. Desde então, o Brasil está construindo o maior banco de dados do coronavírus do mundo, logo depois da China. E a inteligência artificial tem usado as informações de imagens de tomografia para fazer o cruzamento com dados sanguíneos, regionais, do genoma, etc.

 

Não é preciso muito esforço para imaginar que essa mesma inovação poderá contribuir para outros aspectos científicos em saúde — e em todos os demais segmentos. Isso já vem acontecendo em diversos âmbitos.

 

Impulsionadas pela big data, pela inteligência artificial (IA), sensorização, automação e pelo alto grau de conectividade, as máquinas estão evoluindo para versões muito mais robustas. E que, quando suportadas por ferramentas analíticas avançadas, são capazes de aprender e entender processos, interagir com o ambiente e executar tarefas.

 

Conhecendo o consumidor

A Indústria 4.0 traz inúmeras vantagens como maior eficiência na linha de montagem, custos menores de produção e, principalmente, maior possibilidade de oferta aos consumidores. As grandes empresas já começaram a se guiar com a premissa de quais serão as necessidades dos seus clientes no futuro.

 

Assim, conseguirão se antecipar em entender quem são seus clientes e, dessa forma, fornecer não mais somente produtos, mas também serviços e informações pelas quais eles se interessariam. O documentário citado no início do texto traz exemplos interessantes já em prática, além de sugestões de especialistas:

 

  • Uma empresa que fabricava uísque não tinha uma visão assertiva sobre seu cliente final, porque se preocupava mais com os intermediários: supermercado, transportador, distribuidor, etc. Ao sensorizar suas etiquetas com um lacre que fecha a garrafa, conseguiram ver efetivamente quem estava consumindo seu produto: o Nordeste, ao invés do Sudeste — sua primeira hipótese. Com isso, reformulou seus processos.

 

  • Empresas que fabricavam cafeteiras adicionaram dispositivos no eletrônico que se comunicam à internet. Dessa forma, quando as cápsulas ou pó daquele equipamento estão chegando ao fim, as cafeteiras avisam que está na hora de repor. Além de sugerir opções e promoções mais adequadas ao gosto do seu dono.

 

  • Fabricantes de colchão podem vender serviços orquestrados com sensores e algoritmos em nuvem. Assim, o cliente consegue verificar se está com problema de sono (que geralmente aparece tempos depois dos primeiros sintomas).

 

  • A Michelin, ao invés de só vender pneus, como tem feito nos últimos 200 anos, agora tem a capacidade de vender o uso de pneus. Com sensores inteligentes, consegue prever quando os pneus precisarão de manutenção ou estão prestes a estourar, por exemplo.

 

Indústria 4.0 no Brasil

 

No Brasil, a Indústria 4.0 também tem apresentado importante expansão nos últimos anos com novas tecnologias remodelando a dinâmica de trabalho das linhas de operação. Porém o grau de maturidade ainda é bastante variável com relação ao segmento industrial.

 

Segundo o material produzido pela Deloitte, as indústrias farmacêutica, automobilística, agrícola e de alimentos e bebidas estão entre as que têm absorvido mais inovação nos últimos anos. Há uma grande empresa na região norte do Estado de São Paulo, por exemplo, que produz tratores e implementos agrícolas e que mudou sua abordagem de venda. Agora não foca mais em falar sobre o trator ou implemento, mas sim em quantidade de hectare cultivável.

 

Contando com a Agricultura de Precisão, uma plataforma de software que escaneia o terreno da fazenda e permite detectar possíveis falhas em quadrantes, como falta de água ou de nitrogênio no solo. Falhas essas que prejudicariam o cultivo de uma cultura naquele espaço. Assim, o produtor pode se antecipar e tomar ações cabíveis para tornar aquele espaço cultivável. A agricultura de precisão tende a trazer muitas outras vantagens ao País.

 

Como o Brasil tem sido muito questionado do ponto de vista ambiental, a Indústria 4.0 possibilita a rastreabilidade de produtos agrícolas, como a carne ou a soja. Com dados de satélite monitorados, é possível acompanhar de qual fazenda saiu a carne, se a área não é de proteção ambiental e se a soja que alimenta os bois não vem de áreas de desmatamento.

 

Indústria 4.0 e Covid-19

Por mais que alguns setores ainda estejam engatinhando na 4ª Revolução Industrial, a Covid-19 fez com que surgissem novos contornos em função desse novo cenário que se estabeleceu para as relações empresariais e sociais. E prova disso está no Índice Global de Inovação, que colocou o Brasil em 62º lugar entre 131 países analisados — posição quatro patamares melhor que o ano anterior. E bem recentemente, em dezembro de 2020, o governo brasileiro, em parceria com o setor privado, lançou um centro de estudos e pesquisas para a Indústria 4.0, o C4IR Brasil.

 

O principal objetivo é preparar as empresas brasileiras para as inovações da Indústria 4.0. E não é difícil imaginar como as organizações estarão em um curto espaço de tempo: usando tecnologias de otimização para oferecer serviços derivados de seus produtos.

 

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