Skip to main content

Imagine que você precise descrever para alguém um calçado da sua sapateira. No mínimo, irá enumerar cinco características que já indicariam a complexidade da indústria de calçados: cor, numeração, modelo, tipo de salto e de material.

 

Supondo que existissem apenas 3 numerações, 5 cores, 4 materiais e 2 tamanhos de salto, já estaríamos falando em 120 combinações possíveis de calçados que iriam para o mercado. Mas, obviamente, esse número é bem maior — e há ainda outros fatores que tornam a cadeia ainda mais desafiadora.

 

O calçado, bem como outros itens de vestuário, está sujeito a variações da moda, do clima e do gosto dos consumidores. Além disso, é sensível às mudanças econômicas do mercado. Então, para que a indústria possa oferecer alto nível de personalização de modo inteligente, sem perder a lucratividade e a competitividade, a tecnologia vem como grande aliada.

 

E não estamos falando de mecanização de processos, mas de aplicações de Inteligência Artificial que já vêm sendo colocadas em prática — e estão trazendo resultados.

 

Neste conteúdo, vamos mostrar a complexidade da indústria de calçados, as mudanças com relação aos SKUs e apresentar uma aplicação da UniSoma em Inteligência Artificial para um grande player do segmento de calçados no Brasil. Confira!

 

A complexidade da indústria de calçados

 

Um sapato constitui-se de inúmeras partes. As mais importantes são o cabedal (parte superior), que protege o peito do pé e os dedos, e o solado (parte inferior), que faz contato com o solo.

 

Depois, o produto é enriquecido com uma série de componentes: contraforte, palmilhas (de montagem e de acabamento), couraça, biqueira, lingueta, salto, almas de aço, calcalhadeiras, cadarços, tacões, vira, ilhoses, enfeites, forro, entre outros — que podem depender do design, do uso, do clima e do processo produtivo.

 

As operações bastante variadas e o fluxo de produção descontínuo acabam dificultando a mecanização do processo e também a gestão do estoque, o que pode impactar na experiência do consumidor. Imagine, por exemplo, um cliente que efetua uma compra online e tem seu pedido inviabilizado por falta de um componente em estoque?

 

Em contrapartida, o excesso de estoque também representa uma grande quantidade de capital que fica imobilizado no negócio. E, no caso da indústria da moda, ainda pode resultar em matéria-prima estagnada por tempo indeterminado. Como se não bastasse, há ainda outros fatores que tornam a cadeia da indústria da moda ainda mais desafiadora. Entre elas, a era da personalização.

 

Era da personalização: aumento de SKUs

 

A indústria de calçados e vestuário atualmente vive o desafio de oferecer alto nível de personalização. Se antes as empresas operavam com poucos SKUs, cada um deles em muita quantidade, hoje esse cenário se inverteu por conta do viés da exclusividade: há poucas unidades de muitos SKUs.

 

Sigla para Stock Keeping Unit (unidade de manutenção de estoque, em português), os SKUs são os códigos de identidade de um produto — e é por meio deles que os processos de logística são gerenciados.

 

Por exemplo: uma sapatilha feminina, de couro, tamanho 36, cor caramelo, com laço e sem fivela tem seu próprio SKU. Se houver opção do mesmo modelo na cor preta, o código é outro; caso a numeração seja 35, há ainda um terceiro código; se não tiver laço, um quarto — e assim por diante.

 

Como cada SKU designa um produto diferente, cada um deles também possui sua própria lista técnica. Nela, constam todos os suprimentos do produto final, aquele que chega às mãos do consumidor. Estamos falando dos componentes do calçado já citados acima, mas também da caixa, sacola de TNT, papel de seda, cabide para mostruário, tag, grampos plásticos, etc.

 

Portanto, ter uma gestão eficaz da cadeia de suprimentos tornou-se fundamental nesse cenário de milhares de SKUs e fichas técnicas. E a Inteligência Artificial vem contribuindo nesse sentido.

 

Case UniSoma: ferramenta de planejamento otimizado de suprimentos

 

A UniSoma desenvolveu para um grande player do segmento de calçados no Brasil, que atua há mais de 50 anos no mercado, uma ferramenta de planejamento otimizado de suprimentos.

 

A solução considera toda a gama de SKUs — ou seja, de combinações possíveis de calçados — para entregar com precisão as informações que os compradores de suprimentos precisam para melhor negociar com os fornecedores. Tanto em questão de valor quanto com relação ao prazo de entrega.

 

Além de usar a carteira já vendida de produtos, a ferramenta também é munida de dados relativos a análises de mercado. Entre eles, quais SKUs têm que ser tratados como prioridade (uma linha mais fina de calçado ou o “lançamento do momento”, por exemplo), se o mercado é interno ou externo, bem como quais grades de numeração devem ser montadas.

 

Dessa forma, consegue atuar com 3 a 6 meses de antecedência, o que é fundamental na indústria da moda. Confira as vantagens da ferramenta em Inteligência Artificial (IA) para um planejamento otimizado de suprimentos:

 

Vantagens do planejamento otimizado de suprimentos

 

– Fazer compras mais inteligentes de insumos;

– Mensurar o lead time;

– Melhor negociar com fornecedores – em valor e prazo de entrega;

– Atuar com 3 a 6 meses de antecedência;

– Garantir melhor experiência de compra ao cliente final;

– Evitar excesso de estoque;

– Mitigar o risco de manter insumos descontinuados em estoque.

 

Além dessas vantagens, esse grande player do segmento de calçados vem colhendo resultados intangíveis. Entre eles, uma maior governança dos dados, um planejamento com mais acurácia e a ampliação do conhecimento e compartilhamento de dados com outras áreas também estratégicas do negócio.

 

O propósito da UniSoma está em levar mais inteligência às indústrias. Se você atua no ramo de calçados e vestuário — ou avalia que a IA pode trazer benefícios para o seu negócio —, vamos conversar!

 

Juliana Simões é uma das sócias da UniSoma.

Assista ao Video: Como se preparar para o futuro: inteligência artificial em compras

Conheça nossas soluções!

Deixe seu comentário