Tomar uma decisão complexa nunca é fácil. Afinal, dela decorrem inúmeras consequências, muitas delas imprevisíveis — e isso preocupa muitos gestores na hora de definir os rumos da sua empresa. Mas e se falarmos que hoje já não é mais bem assim? Essa jornada pode ser bem mais tranquila do que era no passado, em parte graças à pesquisa operacional.
Embora tenha sido criada há praticamente nove décadas, a pesquisa operacional vem evoluindo a cada ano e desempenhando um papel mais relevante na gestão das organizações. Sua capacidade de usar a matemática para analisar cenários complexos vem atraindo mais e mais líderes em busca de soluções que os apoiem na hora de tomar uma decisão.
Neste artigo, vamos trazer uma definição de pesquisa operacional, contextualizar suas origens, características, benefícios e, é claro, contar como podemos ajudar sua empresa a colocá-la em prática.
Qual a definição de pesquisa operacional?
Pesquisa operacional é uma abordagem interdisciplinar que usa métodos matemáticos e estatísticos aliados a modelos analíticos para proporcionar tomadas de decisões mais eficientes.
A disciplina é frequentemente aplicada em ambientes empresariais e industriais para otimizar recursos, melhorar processos e tomar decisões estratégicas em situações complexas.
Quais as origens da pesquisa operacional?
A pesquisa operacional tem suas origens na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), quando as nações envolvidas perceberam que precisavam tomar decisões estratégicas mais eficientes. Poderiam otimizar o uso de recursos — quase sempre limitados — em suas operações militares.
Os países aliados, especialmente os Estados Unidos e o Reino Unido, formaram equipes de cientistas, matemáticos, estatísticos e economistas para resolver problemas logísticos e estratégicos complexos.
Veja os radares antiaéreos: a otimização do uso desses equipamentos é um bom exemplo de como a pesquisa operacional foi aplicada durante a Segunda Guerra.
Entre os destaques da área estão pesquisadores como o norte-americano George Dantzig, que contribuiu significativamente para o desenvolvimento de técnicas matemáticas para a resolução de problemas complexos.
Por que a pesquisa operacional é tão importante?
Após a Segunda Guerra Mundial, as técnicas desenvolvidas no escopo da pesquisa operacional foram adaptadas para resolver problemas civis e empresariais. Grandes companhias e organizações começaram a reconhecer o valor dessas abordagens analíticas na tomada de decisões.
Na década de 1950, a pesquisa operacional começou a se consolidar. Surgiram sociedades e associações dedicadas ao assunto, e os pesquisadores continuaram a expandir as aplicações da disciplina em diversas áreas, incluindo logística, produção, finanças e saúde. O seu potencial era imenso — tanto que a abordagem continua relevante até os dias de hoje.
Quais os principais objetivos da pesquisa operacional?
A pesquisa operacional pode ter diferentes objetivos dentro de uma organização. Eles vão desde a otimização de recursos (tempo, dinheiro, materiais, mão de obra, etc.) até a qualificação da tomada de decisões estratégicas, por meio de ferramentas e técnicas analíticas. Com isso, atinge-se outro objetivo, que é o aumento da eficiência operacional.
A abordagem promovida pela pesquisa operacional ainda usa modelos matemáticos e estatísticos na representação de sistemas complexos, que possibilitam prever o impacto que uma decisão pode trazer para a organização. Isso ajuda a alcançar outro objetivo que todas as empresas têm: evitar riscos e incertezas. Isso se torna realidade por meio de análises embasadas por dados sólidos.
Promover a cultura de melhoria contínua dentro das organizações é outro objetivo da pesquisa operacional, a partir da revisão de processos e busca por formas mais eficientes de trabalhar.
10 benefícios da pesquisa operacional em uma organização
1. Otimização de recursos
A pesquisa operacional permite a alocação eficiente de recursos limitados da organização, colocando em prática uma abordagem mais eficaz e econômica.
2. Tomada de decisões embasadas
A partir de ferramentas analíticas e modelos matemáticos, a pesquisa operacional ajuda na tomada de decisões embasadas em dados.
3. Aumento da eficiência operacional
Identificar e eliminar processos improdutivos contribui para o aumento da eficiência operacional. Isso pode trazer benefícios como redução de custos, melhoria na qualidade e aumento da produtividade.
4. Gestão de riscos e incertezas
A pesquisa operacional dispõe de métodos para lidar com cenários incertos e para analisar riscos potenciais para as organizações. Assim, podem qualificar a tomada de decisão e lidar com situações adversas.
5. Melhoria contínua
A pesquisa operacional conta com uma abordagem sistemática que incentiva a cultura de melhoria contínua, promove a revisão constante de processos e a busca por maneiras mais eficientes de realizar tarefas.
6. Competitividade
As organizações que aplicam conceitos de pesquisa operacional têm grande potencial de se tornarem mais competitivas no mercado. Afinal, elas se tornam capazes de otimizar suas operações, oferecer melhores produtos e serviços e dar uma resposta ágil às mudanças no ambiente de negócios.
7. Aplicabilidade em diversos setores
A pesquisa operacional é uma ferramenta versátil, podendo ser aplicada em uma ampla variedade de setores de uma organização: logística, finanças, manufatura, transporte, entre outras. Ela é capaz de proporcionar soluções adaptadas a contextos específicos.
8. Modelagem e simulação
A capacidade de modelar sistemas complexos e simular cenários permite às organizações testarem estratégias antes de implementá-las. Isso reduz o risco de tomar decisões equivocadas.
9. Sustentabilidade
A pesquisa operacional contribui, ainda, para práticas mais sustentáveis. Afinal, quando se fala em otimização de recursos, também estamos nos referindo ao uso de recursos naturais. A abordagem permite minimizar desperdícios e reduzir o impacto ambiental de operações e processos, o que é fundamental considerando a importância de critérios ESG (environmental, social and governance).
10. Desenvolvimento de novos métodos
A pesquisa contínua na área também apoia o desenvolvimento de novos métodos e técnicas. Isso amplia constantemente a aplicabilidade da pesquisa operacional, bem como sua eficácia na resolução de problemas complexos.
Quantos são e quais os tipos de pesquisa operacional?
A pesquisa operacional se trata de uma disciplina em constante evolução, mas podemos considerar pelo menos 10 abordagens. São elas:
- Programação linear: bastante usada para solucionar problemas de recursos escassos nas organizações;
- Programação inteira: também usada em situações em que os recursos são limitados, mas com variáveis de decisão restritas a valores inteiros;
- Programação não linear: mais comumente aplicada quando as relações entre variáveis não são lineares;
- Teoria das filas: muito útil para gerenciamento de filas e otimização de tempo de espera;
- Teoria dos jogos: usada para definição de estratégias e negócios;
- Simulação: quando os modelos matemáticos não oferecem a precisão necessária, as simulações ajudam as organizações a entenderem o potencial de uma determinada ação ou mudança;
- Análise de decisão: ajuda a analisar possíveis consequências de uma decisão em cenários diversos e incertos;
- Otimização combinatória: quando as resoluções de um problema são limitadas, ajuda a fazer combinações que facilitam a tomada de decisão;
- Programação dinâmica: usada na aplicação constante de recursos durante períodos mais longos, leva em consideração decisões anteriores;
- Pesquisa operacional em transportes e logística: muito utilizada para otimizar rotas e gerir cadeias de suprimentos.
Como aplicar a pesquisa operacional
Para colocar a pesquisa operacional em prática, é necessário passar por algumas etapas que podem variar dependendo da abordagem adotada. De forma geral, primeiro vem a identificação e formulação do problema: é quando buscamos entender o que pretendemos alcançar com a solução, quais são suas variáveis e restrições. Depois, seguimos para a construção do modelo matemático ou analítico que represente este projeto.
Os próximos passos são a coleta de dados confiáveis e o desenvolvimento de soluções a partir do “tipo” ideal da pesquisa a ser definida (programação linear, por exemplo). Com as soluções desenvolvidas e recomendações oferecidas pelo modelo, é hora de partir para a implementação e, posteriormente, de avaliar criticamente as propostas do modelo e como eventuais mudanças podem afetar a pesquisa.
Por fim, a pessoa responsável pela tomada de decisão tem acesso às propostas do modelo matemático e define a sequência do trabalho. Somente agora — e se a proposta for aprovada! — é que as decisões são colocadas em prática. Esta fase é chamada de implementação e controle. Também não podemos nos esquecer que todas as etapas devem ser documentadas e comunicadas aos interessados e que é sempre importante uma revisão final para identificar os resultados e oportunidades de melhoria.
Como a UniSoma apoia sua organização no desenvolvimento de uma pesquisa operacional?
Ao longo de 40 anos de trajetória, a UniSoma vem desenvolvendo projetos de excelência em organizações líderes de diversos setores.
Em meio ao cenário competitivo atual, poder contar com um parceiro inovador, comprometido em compreender as demandas do mercado e capaz de empregar as técnicas mais eficazes — incluindo a pesquisa operacional e o uso de modelos matemáticos e analíticos — torna-se essencial para assegurar a qualidade e a durabilidade das soluções.
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