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A jornada analítica da Marfrig e da Caramuru com a UniSoma

O Pit Stop é um evento promovido pela Ciclo Marketing com intuito de mostrar a execução de estratégias na cadeia de abastecimento e novas maneiras de vencer os desafios da produtividade no Brasil. Nesta última edição, reuniu participantes dos mais diversos segmentos para uma rede criativa de experiências — e a UniSoma estava lá. Nosso diretor comercial, Luciano Moura, mediou o painel “Digitalização de Supply Chain” e teve a oportunidade de trazer a jornada analítica de cases importantes do agronegócio brasileiro.

A importância da jornada analítica no agronegócio

O agronegócio é atualmente um setor estratégico para o Brasil, representando 26,6% do PIB total brasileiro e 48% de toda a exportação. Um dos fatores que explica esse franco crescimento é o investimento em soluções de tecnologia.
A conexão tecnológica de ponta a ponta do setor produtivo é algo indispensável para o futuro do agronegócio. E um dos pilares da transformação digital, a inteligência artificial, ajuda empresas a lidar diariamente com problemas complexos e tomar decisões rápidas que impactam toda a cadeia de valor.
Algo que empresas como a Marfrig e a Caramuru já vislumbraram — tanto que iniciaram sua jornada analítica há alguns anos e que vem trazendo muitos resultados desde então.

 

Marfrig: planos de otimizar um novo setor

A Marfrig é líder global na produção de hambúrgueres e a segunda maior do planeta em proteína bovina. A empresa é especializada na produção e comercialização de produtos de alto valor agregado — produtos industrializados e à base de plantas (plant-based​).
O diretor de planejamento operacional da empresa, Plínio Porto, explica que uma cadeia de desmonte como a da Marfrig é complexa devido aos vários fatores que são voláteis. Ao mesmo tempo, determinantes para a tomada de decisão. Entre eles estão o câmbio, a disponibilidade de contêiner e a questão tributária.
Até 2005 a empresa trabalhava com ferramentas manuais. “Tomávamos decisões às vezes um pouco atrasadas, não tão assertivas ou não tão robustas em termos de confiabilidade. Até que começamos a nos questionar: ‘diante de toda essa volatilidade e diversificação, se fechar uma fronteira ou desabilitar um mercado, qual será a melhor planta? Qual o melhor retorno que devo fazer? Qual canal está demandando mais?’”, disse Plínio.
Foi nesse momento que teve início a parceria com a UniSoma. A instalação da ferramenta de analytics dentro do processo de planejamento da Marfrig foi fundamental para que houvesse um ganho em escala, tomando decisão mais ágeis.
E os resultados foram tão satisfatórios que a empresa está planejando implementar uma ferramenta de otimização em um novo setor que está crescendo no share da Marfrig: os industrializados.

Caramuru: 360 mil variáveis de dados para tomadas de decisões

A Caramuru Alimentos é o principal grupo brasileiro no processamento de soja, milho, girassol e canola. Com presença em quatro estados, atua com commodities, biodiesel, logística, produtos de consumo e nos segmentos animal e industrial.
A jornada analítica da empresa teve início com as mesmas dores da Marfrig: quando as planilhas de Excel, em 2002, já não conseguiam acompanhar as tantas variáveis do negócio e contribuir para trazer insights ágeis e assertivos.
“O Excel dá resultado, mas chega em um ponto que a planilha não ajuda mais, quando tinha que pegar o milho, dividir em várias famílias de produtos e no meio de N variáveis: restrições de capacidade, de fábrica, de máquina, de armazenagem”, contou o gerente de planejamento integrado da Caramuru, Luiz Francisco de Maria.
Com a digitalização e o analytics, a Caramuru conseguiu construir uma estrutura de modelagem para tratar de forma mais profunda, três de suas dores:
1) Ser uma cadeia de desmonte;
2) Atuar com commodities;
3) As questões financeiras e tributárias.
Enquanto as planilhas não conseguiam integrar todas as pontas, o algoritmo de otimização da UniSoma, feito sob medida, trazia a garantia de que todas as variáveis foram checadas para entregar o melhor cenário possível.
Luiz Francisco conta que hoje a empresa tem 360 mil variáveis de dados para a tomada de decisão — o que seria impossível computar sem uma ferramenta suportada por inteligência artificial. Do S&OP a empresa conseguiu migrar para um S&OE. “Em um mesmo cenário de dados você carrega todas as informações e gera um plano que traz o número mais viável possível de produção, vendas e compras. Basta você atualizar o banco de dados para refazer as contas com segurança e robustez”, explicou o gerente da Caramuru.

Dicas para quem está começando a jornada analítica

Como uma jornada analítica pode ser bastante desafiadora — principalmente no início —, Luciano Moura perguntou a Plínio e Luiz Francisco quais dicas eles tinham para compartilhar com quem ainda não atingiu um nível mais avançado de maturidade analítica.
O gerente de planejamento integrado da Caramuru citou quatro questões essenciais: 1) ter um patrocinador para o projeto; 2) ter um time engajado; 3) saber trabalhar com os dados; 4) entender qual é o escopo do trabalho.
Por isso o início das etapas da jornada analítica na empresa começou com uma parte de convencimento. Workshops internos, reuniões e pesquisas foram realizados para criar uma cultura organizacional voltada a dados. Como o modelo de otimização é contraintuitivo, foram necessárias revisões de processo, criação de novos programas no ERP, integração de tabelas e muito treinamentos.
“Quando você entra nessa jornada do analytics, passa a enxergar um mundo de oportunidades. Minha dica é escolher um escopo claro e iniciar o trabalho. Assim que tiver um incremento de cultura e aprender a trabalhar com o otimizador, naturalmente vai seguindo para as próximas fases”, diz Luiz Francisco.
Plínio compartilha da opinião. Para o diretor de planejamento operacional da Marfrig, é indispensável saber o problema a ser resolvido e quais informações vão contribuir para isso.

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