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Pandemia, inteligência artificial, transformação digital, mundo VUCA e mundo BANI. São tantos termos e acontecimentos impactando os processos produtivos nos últimos tempos que às vezes fica difícil contextualizar seus desdobramentos nos setores industriais e de serviços. É verdade que alterações nas demandas já era algo bastante frequente nos últimos anos. Ainda assim, os acontecimentos recentes deixaram essa questão bem às claras.

 

É fato: o isolamento como forma de conter o novo coronavírus afetou diretamente a logística de produção e consumo e, com isso, o setor de compras foi fortemente impactado. Afinal, a cadeia inteira de suprimentos sofre com a aceleração ou desaceleração das vendas, gerando dois principais cenários:

 

1) queda na demanda, que resultou em estoques exorbitantes, uma vez que os materiais já comprados para compor determinados produtos deixaram de ser utilizados;

 

2) alta na demanda, que resultou na falta de insumos para fabricação de determinado produto e afetou as entregas, gerando ruptura.

 

Embora esse contexto tenha sido complicado, como já é de se esperar em uma situação de crise, gerou oportunidades. Arrisco dizer que, para a área de compras, foi a oportunidade de se tornar ainda mais estratégico e digitalizado. Ainda que “a duras penas”, empresas cujos setores de compras já contavam com o apoio da inteligência artificial para remodelar dados e acompanhar de perto os insumos e materiais a serem comprados conseguiram rever, planejar e renegociar com fornecedores e clientes de maneira mais ágil e eficiente. As demais precisaram acelerar o passo rumo ao que chamamos de Compras 4.0.

 

Inteligência artificial em compras

Ficou claro que aquele modelo convencional de tirar pedidos ou fazer três cotações se respaldando em conhecimento empírico, sem lançar mão de ferramentas baseadas em inteligência artificial, não tem mais espaço em um setor que envolve muito mais que preço e agilidade.

 

Compras 4.0: a transformação digital chega ao setor de compras

 

O setor de compras passa por um novo momento de transição. A revolução digital começou há muitos anos com sistemas de gerenciamento de transporte, armazém e pedidos. No Compras 3.0, por exemplo, há a troca de documentos digitalizados entre compradores, os repositórios de dados, as assinaturas eletrônicas e a digitalização de contratos, mas Compras 4.0 é praticamente uma espécie de mudança de paradigma.

 

Isso porque a revolução trazida pela Indústria 4.0 eleva os setores de produção e logística a um novo patamar de eficiência e produtividade. Ainda que a automação esteja acontecendo há algum tempo, agora fica mais abrangente e robusta. No Compras 4.0, as empresas estão maduras o suficiente para a digitalização plena e a consolidação definitiva das ferramentas e sistemas baseados em Inteligência Artificial.

 

Estou falando da redução das decisões empíricas; automação das atividades manuais e processos que direcionem o foco para aquilo que efetivamente gera valor ao negócio; e em soluções analíticas suportadas por Inteligência Artificial que contribuam para a tomada de decisão.

 

Com mais tempo dedicado à estratégia, os resultados do Compras 4.0 são mais expressivos, as entregas mais escaláveis – sem perder a qualidade – e no timing correto.

 

No entanto, ainda é um desafio às empresas atingir essa maturidade em compras. As mudanças precisam ser feitas de dentro para fora antes que sejam abraçadas as potencialidades e benefícios de Compras 4.0. É preciso que haja mudança na gestão (change management), ou seja, de forma vertical, para que todas as áreas enxerguem valor na implementação dos projetos e inovações.

 

O papel da liderança no Compras 4.0

 

A revolução trazida pela Indústria 4.0 elevou o modelo de gestão da cadeia de suprimentos, que deve estar totalmente alinhado às necessidades e características do mercado atual. De forma a conter os riscos e ser ágil, precisa ser eficiente o tempo todo — afinal, a satisfação do cliente aumentará com o nível de serviço de maior qualidade.

 

Nesse sentido, as lideranças têm o papel fundamental, antes de tudo, em serem parceiras e incentivar o uso de inteligência artificial, desde que efetivamente façam sentido para a organização. A disrupção tem que ser feita de maneira inteligente e o time deve ser cobrado de algo que realmente agregue valor na tomada de decisão e na digitalização dos processos.

 

Com esse compromisso da alta liderança, a comunicação é a peça-chave tanto para que as outras áreas enxerguem os benefícios das inovações quanto para que o próprio time tenha mais vontade de inovar que medo de errar.

 

Não adianta ter digitalização e gerar KPIs se não há ambiente propício para a inovação. Como geralmente é o próprio time que traz inputs para ferramentas e processos, ter escuta ativa é fundamental. A melhoria contínua deve ser disseminada entre a equipe e as lideranças também têm que estar preparadas para os encontros geracionais, já que a profissionais mais novos já nasceram digitalizados, e correr atrás de soluções.

 

A boa comunicação também deve ir para além do ambiente interno e estar presente no relacionamento com os fornecedores. É preciso que haja uma relação mais colaborativa e baseada em informações que efetivamente têm impacto no dia a dia de ambos.

               

As novas tecnologias para alavancar a área de compras

Compras 4.0 é uma exigência do mercado e vem como uma pressão natural interna dos stakeholders sobre a área de compras. O uso de inteligência artificial na tomada de decisão, bem como a automação de todas as etapas do fluxo, libera a equipe dos processos manuais e custosos para se dedicar à estratégia.

 

Mas somente a automação não é suficiente para resolver e antecipar eventuais gargalos na demanda de maneira ágil e eficaz, estabelecer melhores negociações com fornecedores, reduzir custos e gerar lucros.

 

São dados confiáveis e de qualidade, suportados por Inteligência Artificial, que vão resultar em relatórios, informações e análises e contribuir para a tomada de decisão na área de compras.

 

Por que inteligência artificial é fundamental

 

Portanto, compras 4.0 representa a era da maximização do uso dos dados. Agora é a hora de correlaciona-los utilizando Inteligência Artificial (IA) e Business Intelligence (BI), e de elevar o nível das negociações no setor, sem esquecer que elas são melhores quando estabelecemos parcerias de longo prazo.

 

Uma solução analítica de Inteligência Artificial como a da UniSoma ajuda a mitigar riscos na cadeia e a fornecer insights valiosos para o processo produtivo. Ajudam a entender a variação da demanda considerando fatores internos, externos, riscos e incertezas do mercado econômico, antecipação gargalos, em decisões estratégicas e no uso mais eficiente do fluxo de caixa, otimizando estoques e custos.

 

Ter ferramentas analíticas baseadas em inteligência artificial, que permitam essas análises e previsões, se tornou fundamental para Compras 4.0. Estar em posse de dados e saber gerar valor a partir deles é o que traz benefícios para o negócio, como melhorar os processos internos, criar planejamentos mais aderentes e robustos, controlar o estoque, contribuir para o relacionamento com fornecedores e trazer mais agilidade e segurança para a rotina do setor de compras.

 

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